Peter Drucker dizia que o primeiro passo na trajetória do crescimento de uma empresa não é saber onde e como crescer, mas sim, definir o que descartar. Há alguns dias, o interessantíssimo blog Ela em Foco, nos trouxe um pouco desse lado de Peter Drucker. Aliás, você sabe qual é a essência de Peter Drucker?
O austríaco Peter Drucker não apenas é o guru da administração, mas um estudioso de todo e qualquer assunto. Dizem os mais próximos que ele era capaz de passar 2 anos estudando um mesmo assunto. Qualquer um! Ele estudava e então, nos próximos 2 anos ele tratava de estudar um outro assunto. Um homem que não se apegava ao passado, vivia de presente e futuro. Era objetivo quando o assunto era descartar. Ele descartava o velho e fazia crescer o novo. Assim pensava Peter e essa era sua essência.
Agora, você sabe o que fez a Ford e a GM no início dos anos 2000? Essas empresas não descartaram o que deveriam ter descartado. Acontece que Ford e GM fabricavam, em massa, veículos esportivos que consumiam muito combustível, numa época em que todos se preocupavam com o meio ambiente. A Toyota, empresa que pensava muito em descarte e evolução, traçou o caminho contrário: Ela lançou um carro híbrido, o Prius. O detalhe é que, nesta época, os líderes aceitaram margens de lucro mais baixas pelo fato de terem a oportunidade de se tornarem líderes neste mercado próspero.
O que aconteceu? Sim, o Prius, o primeiro carro híbrido da Toyota, havia sido lançado em 1997 no Japão e distribuído para várias partes do mundo, em 2001. Carro do ano no Japão (em 1997 e em 1998), carro do ano na América do Norte (em 2004) e carro do ano na Europa (em 2005). O Prius não apenas recebu estes prêmios, ele contribuiu para que a Toyota se tornasse líder de um mercado que era liderado há 70 anos pela GM. Tanto GM quanto Ford sofreram muito prejuízo.
A Toyota é uma empresa tão espetacular que se algum funcionário pretende parar uma máquina por achar algum detalhe errado na produção, ele o faz. Há quem diga que se esse funcionário NÃO parar a máquina, nessas condições, aí sim, ele seria penalizado dentro da empresa.
Que fique a lição, empreendedor sustentável. Não se apegue ao que não dá certo ou a métodos lucrativos. Olhe adiante, acompanhe o mercado e saiba o que ele quer ouvir (ou, no caso, o que ele quer que você produza).
FONTE: A cabeça de Peter Drucker - Editora Sextante